quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Penso

Penso sem querer pensar em empecilhos
Te penso possível, e assim eu creio.
Penso como se estivesse ali vivendo
Te vivendo, te tendo, tão te entendendo...
Penso teu silêncio, em nada mais que isso
Essas mil palavras nesses poucos gestos
Penso o corpo inteiro a me pensar sereno
A despejar-se ilimitado nas minhas manhãs.

Penso na boca em que mora o beijo
Penso em, sem relógio, descansar ali.
Ouço a voz sutil da mesma boca santa
Quase dentro de mim,
me despertando ilícita.
Sob o mesmo sol, agora diferente
O apenas nosso psicodélico poente
Eu penso...

A mesma mesa
A gente diferente
Bebendo nossos segredos
Tragando as tais palavras
Comemorando absurdos...
De corpo inteiro, de toda a alma que ele é.

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