sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Você.

Você se mostra sombrio

E me põe de encontro à luz

Fere os meus olhos vampiros

Me tranca em meus próprios sonhos

Você me encara com fome

Nem teme a minha loucura

Você me sem pudores

Me mostra o que sempre escondo.


Você me cansa os dias

Sempre presente em minhas palavras

Me cansa os olhos

Sempre famintos por tua imagem.


Você é estranho acidente na minha estrada.

É salto no abismo sem cama elástica.

Você é ferida aberta que não seca

É a minha sede no Saara.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa esse está magnífico! É um diálogo com a poesia impressionante...Gostei principalmente da parte que fala "você me tranca em meus sonhos". Realmente beelo! Eu, particularmente, amo falar sobre sonhos e nunca tinha visto uma expressão tão favorável ao real sentido deles. Arrasou Jú!