sábado, 25 de outubro de 2008
Mais que menina
O que eu soube de mim?
Um sorriso fingido
Uma porta trancada
Uma chave perdida
Eu não soube mais nada.
Da menina que eu sou:
Uma rosa sem pétalas
Um olhar sem destino
Meu espelho quebrado
Corpo tenso e cansado.
Houve um toque de mestre
De menino sabido
Que nunca teve a chave
Que sempre teve força
Que derrubou a porta.
Que me invadiu sem medo
Que me viu sem pudor
Tão mulher, tão crescida
Muito mais que uma menina
Nunca mais tão pequenina.
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