terça-feira, 18 de novembro de 2008

Delírio

Você me olha com a fome
de quem vive à míngua, à espera de esmolas
E me evita com o medo
de quem tem pesadelos e teme o uivo do vento
Mas quando se aproxima deixa rastro
Em minha cama, corpo, sono, sonho
Quando fica fraco se revela
Louco, livre, faminto, febril.

Eu te observo com a sede
de quem não aprendeu a viver no deserto
E me escondo sob o véu
de quem quer ver sem poder ser vista
Mas quando te sinto perco o tino
Esqueço pudores, pecados, presságios
Quando fico fraca me revelo
Mergulho, apaixono, abstraio, deliro.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, seu lirismo me impressiona professora, você consegue ir bem fundo mesmo, bem alto! Gosto muito deste teu estilo, me lembra Manuel Bandeira, Oswaald...

Ótiiimooooo!

Anônimo disse...

Obrigada Vinícius, pelos elogios!
E, nossa, quem me dera parecer com Bandeira, Oswald... me alegra saber que algo em minha escrita os lembra!
Abraços.

Romulo Narducci disse...

Lindo, querida! Obrigado por me add! Vou colocar seu link no meu blog, também! Beijo! Evoé!