Prevejo impulsos irreversíveis
Indomináveis
Prevejo como se eu tivesse esse poder
Vidente
Te sinto, te choro, te odeio
E entendo
Que eu não poderia invadir o teu sentido
Ou te impedir
Ou te pedir
Ou te mandar.
Prevejo a minha inconsciência
E a minha decência em aceitar o teu melhor
Enquanto por dias, ou meses, ou anos
O "nós dois" faleça
Vá desfalecendo
Mas volto pra mim com a cara exausta
O suor no rosto
Traços de pavor
E morro de rir desse louco delírio
Porque sei de nós.
Dessa nossa eternidade.
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