sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Eternidade

Prevejo impulsos irreversíveis

Indomináveis

Prevejo como se eu tivesse esse poder

Vidente

Te sinto, te choro, te odeio

E entendo

Que eu não poderia invadir o teu sentido

Ou te impedir

Ou te pedir

Ou te mandar.


Prevejo a minha inconsciência

E a minha decência em aceitar o teu melhor

Enquanto por dias, ou meses, ou anos

O "nós dois" faleça

Vá desfalecendo


Mas volto pra mim com a cara exausta

O suor no rosto

Traços de pavor

E morro de rir desse louco delírio

Porque sei de nós.

Dessa nossa eternidade.

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