escuto a gritaria do teu silêncio
o desespero estranho de teus olhos fugidios
e toda a falta de motivo pr'esses gritos
Paciente ausência de motivos pra calá-los.
Chão e teto a buscarem-se loucos
A nos fecharem
E cada vez mais agudo o teu silêncio
Cada vez ainda mais gritantes esses olhos
E fugidias as nossas presenças.
Fingindo-me alheia a esse teu desespero
Espero e me ausento de ti
Neste mesmo recinto
Mas encaro esta fuga,
e encaro estes olhos
E ouvindo o silêncio
Eu crio o descompasso
Eu berro em nome do fim
Eu berro em nome da queda
E crio uma nova Babel.
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